XIX. ANÁLISIS CRÍTICO DE PROGRAMAS EDUCACIONALES EN CHILE DE 2015 A 2020: UNA PERSPECTIVA DE GÉNERO PARA UNA EDUCACIÓN NO SEXISTA

Resumo

A desigualdade de género é expressa em todas as esferas da sociedade, e uma que atravessa todas as áreas é a educação. Embora alguns números indiquem que o Chile conseguiu superar a desigualdade entre homens e mulheres no acesso à educação, no entanto, apesar de um maior acesso, os padrões culturais que perpetuam estereótipos e representações tradicionais de género continuam a ser reproduzidos, acentuando a desigualdade e a desigualdade entre eles. O objectivo desta investigação era analisar criticamente os planos governamentais para a educação no Chile de 2015 a 2020, numa perspectiva de género. Trata-se de uma investigação qualitativa de âmbito exploratório, realizada através da Análise do Discurso Crítico de documentos governamentais: "Education for Gender Equality Plan 2015-2018" e o Plano de Trabalho "Education with Gender Equity" (2019-2020).
Resultados: Foram analisadas 4 componentes; definição conceptual do género, diagnóstico da desigualdade, elementos a incorporar para a educação com uma abordagem de género, desafios e propostas a longo prazo, no primeiro ponto apenas o programa 2015-2018 menciona o termo e define-o, no segundo ponto há consenso entre ambos os planos , no terceiro ponto há generalidades entre ambos, no quarto ponto ambos os planos propõem avançar para a igualdade entre homens e mulheres em termos de oportunidades e possibilidades de desenvolvimento, através de acções a serem instaladas dentro do actual institucionismo.
Conclusões: Até à data, os governos têm orientado os seus esforços para reduzir o fosso de desigualdade em termos de acesso, permanência e resultados académicos, fazendo parecer que estes resultados têm reduzido a distância entre homens e mulheres. No entanto, através dos programas analisados, é possível compreender que, embora as desigualdades, discriminações e preconceitos que se estabelecem na relação entre os géneros sejam abordados e diagnosticados, eles continuam a permanecer em aspectos meramente quantitativos, e não qualitativos, tais como mudanças culturais e mudanças de papéis.